Reino de Han, Floresta dos Perdidos

Havia muito espaço dentro da carruagem, mas Li Hua e Shi Rong estavam sentados um do lado do outro, as pernas bem próximas, e os braços roçavam a cada movimento da roda nos minúsculos buracos na estrada. Eles não eram tímidos, pelos deuses não, de forma alguma. Cada conteúdo contido naquelas cartas durante os cinco anos haviam sido queimados — por bem — para que ninguém tivesse vantagem sobre a princesa. Afinal, aquelas conversas, confissões e declarações eram completamente privadas. Não havia um pingo de vergonha em suas faces, mas havia um senso. Não estavam sozinhos.

Shi Rong deslizou sua mão, suavemente, para tocar as mãos da princesa. Um leve rubor tomou conta das pálidas bochechas dela. Ele encontrou o seu olhar, aquela pequena faísca se acendendo e querendo tomá-la para si. Ela respirou fundo ao buscar por controle. A mão dele podia facilmente cobrir a sua, seus dedos se encontraram e se enroscaram. Havia algo doce naquela ação. Um toque suave e uma queimação prazerosa em seus rostos. Ele havia ruborizado levemente.

A forma como conseguiam facilmente se afetar era simplesmente esplêndida, a encantava de inúmeras formas. Estar sob o controle de alguém era intenso, mas o que ela buscava de fato era estar no controle. Não necessariamente apenas sobre uma pessoa. Ela não acreditava em um relacionamento único, conviveu com as concubinas e consortes do seu Pai Real por longos anos e aprendeu sobre a vida múltipla conjugal. Aquele era o modelo que iria adotar em sua vida.

Um vento frio ultrapassou o grosso véu vermelho cornalina que mantinha a janela da carruagem íntima para ambos, e rapidamente sua atenção foi atraída para o lado de fora. Sua mão deslizou sobre o tecido grosso e o ergueu, dando-lhe uma visão do caminho que seguiam.

A Floresta dos Perdidos.

Nenhum comerciante ou andarilho — e seja lá quem mais — passava por ali. Não era um caminho comum, mas havia privacidade, algo que a princesa estimava. Ela era muito reservada, principalmente com suas coisas, com suas pessoas.

Pela abertura da janela encontrou o rosto inexpressivo do capitão, ele parecia estar mal—humorado de novo. O rapaz nem sequer lhe lançava um olhar, mas ela preferia assim, dessa forma podia analisar cada expressão desinteressada que ele oferecia e cada movimento de seus músculos. Ela gostava de ver os corpos trabalhando, principalmente dos homens bonitos. Li Hua era parecida com seu pai neste aspecto, ambos amavam as curvas dos corpos, dos músculos em movimento e principalmente das delicadas feições que compõem o rosto.

Sua carruagem estava no centro, enquanto eram escoltados por outras duas carruagens do Reino de Han, uma na frente e a outra atrás. Enquanto o capitão Fu Heng flanqueava ao lado da carruagem principal protegendo-a em cima de seu cavalo selado.

— E a estrada?

A voz da princesa era como um encanto aos homens, como se fossem puxados em sua direção. Shi Rong olhou para ela, mesmo sabendo que a conversa era direcionada ao rapaz do lado de fora. Fu Heng se virou para encará-la enquanto mantinha um ritmo lento a cavalo para acompanhá-la.

— Até o momento está segura, Alteza.

Ela assentiu.

— Redobre sua atenção. Apesar de ser uma estrada pouco utilizada e silenciosa, ela não é a mais segura — os olhos da princesa agora percorriam as árvores que balançavam em sintonia com o vento frio que soprava do Mar Gélido.

— Sim, Vossa Alteza — disse ao curvar a cabeça levemente em sinal de respeito e lealdade.

Fu Heng fixou sua atenção na estrada, com os calcanhares contra o corpo do cavalo ele avançou. Sua montaria trotava e então corria à frente pelo caminho de terra levemente marcado por outros viajantes. Ele iria mais uma vez verificar os arredores.

— Ele parece ser bem leal — disse Shi Rong olhando pela janela ao seu lado o capitão cavalgando para longe em sua montaria negra.

— Ele é muito mais do que isso, Ronger — Li Hua deixou de observar o homem que estava sempre ao seu lado percorrer o caminho a frente, suas mãos soltaram lentamente o grosso véu tampando a janela à direita, e observou Shi Rong encarando o lado de fora pela janela a esquerda dele.

— O que quer dizer com isso? — Lentamente seu rosto virou na direção dela, seus olhos se encontraram e ele abriu um sorriso malicioso.

O príncipe sabia exatamente o que ela quis dizer com aquelas palavras muito bem selecionadas. Ele a conhecia como ninguém.

Ela sorriu e se virou para encará-lo, ele fez o mesmo, agora frente a frente ela se inclinou em sua direção, tão próximos que compartilhavam a respiração um do outro. Li Hua deslizou suas mãos pelos braços do rapaz até o seu peito e se firmou ali. Suavemente, como uma pena, seus dedos percorreram até o pescoço dele e repousaram em seu rosto firme com feições másculas e ele se inclinou ao seu toque. Shi Rong era tão irresistível. A princesa mordeu o lábio inferior reprimindo um desejo sôfrego de devorá—lo.

Ele se aproximou um pouco mais. Seus olhos ainda estavam tão conectados quanto o toque suave das mãos de Li Hua na face de Shi Rong. O príncipe tocou o seu nariz no dela, e suavemente a acariciou, seu nariz deslizou por sua bochecha, maxilar e pescoço. E ali, entre seu ombro e sua garganta, ele a beijou demoradamente. Os lábios macios pressionaram um beijo lento e firme. Ousadamente traçou uma linha por sua clavícula com sua língua quente e desejosa.

Li Hua arrastou sua mão da face do rapaz para seus longos cabelos parcialmente trançados — ela amava tranças, amava trançar — aprofundando seu toque. Com as mãos entrelaçadas nas mechas escuras de Shi Rong, seus dedos se apertaram na base de sua cabeça puxando-o com força suficiente para tirá-lo da curva de seu pescoço, a respiração pesada e cheia de desejo. Ele a encarou instantaneamente. Li Hua nem sequer devolveu o olhar, seus planos estavam abaixo daqueles olhos profundos, ela encarava a boca do seu homem, e decididamente mergulhou em direção a eles. Seus lábios hesitaram em um beijo suave e delicado até que se tornasse desesperador e esfomeado.

***

Fu Heng cavalgava pela Floresta dos Perdidos enquanto as carruagens ficavam para trás. Conhecia muito bem aquele caminho, mas não esperava que Sua Alteza desejaria ir por ele. Tentou avisá-la que não era um trajeto comum e que podia ser perigoso, mas ela já sabia disso, e ele se perguntou como ela sabia se era a primeira vez que viajava para fora do Palácio e da capital. Ele não perguntou.

Interessante.

O capitão analisava cada trecho da estrada que seria percorrido pelas carruagens e consequentemente por ele também. Um silêncio mortal. Não existiam sons externos, apenas o farfalhar das folhas e o som de alguns animais. Seus olhos estavam atentos a qualquer movimento e qualquer som suspeito, mas não tinha nada realmente. Nos últimos anos aquele caminho se tornou solitário e inapropriado, e antes de se tornar perigoso era a estrada principal dos comerciantes e viajantes. Ele se lembrava de estudar sobre a rota comercial. O que levou ao isolamento daquele lugar? Ele não sabia.

Ele puxou as rédeas com força ao notar algo errado, seu cavalo relinchou e quase o lançou para fora da sela ao frear bruscamente e parar de cavalgar.

Algo não parecia certo.

Ele precisava voltar para a princesa.

Olhou mais uma vez ao redor, e não conseguia ouvir nada. Nada que pudesse denunciar essa sensação estranha que se instalava nele. E então ouviu.

Um grito.

Puxando as rédeas para o lado com força ele virou o cavalo na direção das carruagens. Com a mão direita ele desembainhou sua espada e cavalgou em direção a sua princesa.

***

Maldita fosse Xiao Bai. A desgraçada gritou a plenos pulmões todo o seu medo e desespero. Tudo aconteceu muito rápido. As carruagens pararam e a garota — sua serva — ergueu o tecido grosso e procurou por sua mestra, e ignorou completamente o que os dois estavam fazendo ali — entre beijos e amassos. Seus olhos arregalados destacavam o pânico daquilo que estava prestes a acontecer e não do que viu. A garota puxou as mãos da princesa em uma tentativa de tirá-la dali de dentro e a mulher permitiu ser guiada pela serva com Shi Rong logo atrás, completamente curioso e nem um pouco afetado pelo grito desesperador emitido momentos antes. Logo ao colocar a cabeça para fora viu o que a fez gritar.

Da carruagem a frente saiu correndo o servo do Príncipe de Yuan. O garoto estava tão apavorado quanto Xiao Bai e ele seguia em direção a carruagem em que seu mestre estava.

— Alteza! Alteza!

Entre as árvores escuras um grupo de pessoas se aproximava com uma velocidade incomum. Quem quer que fossem eles, estavam vestidos de preto e seus rostos estavam cobertos por máscaras do mesmo tecido de suas roupas. Não seria possível identificá-los, a menos que estivessem mortos.

— Traga minha espada, Quon — disse rapidamente e o garoto obedeceu parando no meio do caminho e correndo de volta para a carruagem em que estava, retornando apenas com uma espada embainhada.

A princesa estava inexpressiva. O sorriso brincalhão, os olhos repletos de paixão e desejo haviam desaparecido em questão de segundos. Ela soltou sua mão do aperto preocupado de sua serva — que ainda insistia em arrastá-la para fora da carruagem a fim de correrem por suas vidas. Xiao Bai arregalou seus olhos para a princesa. Não tinha ideia do que iria acontecer. Li Hua entrou depressa na carruagem e arrastou Xiao Bai com ela. Ergueu o banco em que segundos atrás estava sentada com o Príncipe de Yuan, e de dentro daquele compartimento secreto retirou uma espada, a sua espada.

— P—princesa? — Xiao Bai caiu no chão, as pernas haviam falhado.

— Precisamos ganhar tempo.

A menina franziu a testa em confusão. Shi Rong olhava para o lado de fora da carruagem as mãos apertavam com força contra a espada agora desembainhada.

— Para quem, Vossa Alteza?

Li Hua sorriu.

— Para o Quarto Irmão.

A princesa segurou firmemente sua espada e a desembainhou seguindo para o lado de fora da carruagem. Xiao Bai permaneceu do lado de dentro, e Shi Rong com Quon saíram armados. O Príncipe de Yuan não se surpreendeu ao olhar para a princesa com uma espada bem afiada com o cabo desgastado — o que significava que usava frequentemente aquela arma, mas não explicava a falta de calos em suas mãos — ele apenas sorriu arrogantemente para ela.

— Imagino que seja só mais um segredo seu — apontou com a cabeça em direção a espada.

Ela revirou os olhos e lhe lançou um sorriso preguiçoso.

— Não é como se você não soubesse, Alteza.

Ele riu, mas ainda havia algo ali que ele não sabia.

Os três se posicionaram em um semicírculo. O grupo estava a alguns metros de distância, as mãos dos guerreiros firmaram contra as espadas empunhadas. Estavam prontos.

Os assassinos se lançaram na direção deles, Li Hua se inclinou, como se estivesse esperando pela colisão entre os corpos, mas antes de esperar que isso acontecesse ela preferia ser a flecha que atravessaria aquelas carcaças repulsivas.

Li Hua correu de encontro à morte. Shi Rong apenas gritou, mas o som de sua voz foi abafado pelo próprio bramido de guerra que ela dera.

A guerreira se desviava das lâminas que tentavam lhe tocar. Seu corpo era sagrado. Filha da Rainha de Han, abençoada pelos próprios deuses, ela nunca permitiria ser tocada. O assassino a sua frente grunhiu enquanto ela se deslocava facilmente entre as densas árvores — suas tentativas eram tolas ao pensar que poderia acertá-la. Ela sorria enquanto ainda corria e o homem à sua frente, com um odor forte de suor, recuava passo após passo com a espada erguida.

Empunhando sua espada na frente e se lançando contra o homem o som metálico preencheu o ar. Li Hua o pressionou até que o homem chocasse contra uma árvore e perdesse a concentração, aquele foi o momento de perfurá-lo no ombro e de se deliciar com o berro de dor que saiu de seus lábios. Ela o golpeou no estômago com o joelho e esticou a perna no ar para chutar seu rosto, o tecido leve de suas roupas deslizou com o movimento por sua perna inclinada expondo uma espada curta oculta. Com a outra mão ela a retirou e a enterrou na garganta do assassino. A princesa fitou o sangue explodir da boca do agressor e escorrer pelas vestes negras.

Olhando para trás notou que nenhum outro criminoso se aproximava dela, Shi Rong e Quon cuidavam de suas costas, erguendo os olhos mais adiante conseguiu encontrar Fu Heng desesperado em uma corrida até onde ela se encontrava. Ele rapidamente mudou a rota ao encontrá-la dentro da Floresta dos Perdidos.

Mais e mais homens vestidos de preto apareciam por detrás das árvores grossas e longas, e Fu Heng decepava qualquer assassino que entrasse em seu caminho até onde ela estava. Seus olhos fixos nos dela e uma expressão que jamais vira nele: medo. Medo de perdê-la.

Empunhando a espada longa e guardando a outra em sua perna, ela se lançou em direção ao perigo, a morte e a loucura.

Fu Heng saltou do cavalo em direção a um assassino, que estava pronto para investir sua espada contra as costas de Li Hua, derrubando-o com o peso de seu corpo, e a espada deslizando rapidamente, decepando mais uma cabeça. Ofegante, ele correu para cobrir as costas da princesa.

— Há muito deles — conseguiu dizer respirando fortemente.

Li Hua olhou para ele por cima dos ombros e então olhou para cima.

— Ele vai chegar em breve.

Fu Heng franziu a testa esperando que ela lhe desse mais alguns detalhes, mas ela não disse nada. Shi Rong riu baixo, o rapaz sabia tanto quanto o capitão.

— Nem se incomode, ela não vai dizer.

— Eu sei — retrucou o capitão. A sensação de que um homem conhecesse sua princesa melhor do que ele, o guarda-costas e capitão da guarda, o irritava profundamente.

Em um círculo os quatro se protegiam e cuidavam uns dos outros como soldados de guerra.

Os assassinos pareciam se multiplicar, havia muito mais deles agora. Talvez fossem de um exército, disfarçados como assassinos e na Floresta dos Perdidos estivesse o acampamento militar, a base deles. Não era uma possibilidade a ser descartada, o Reino de Han havia sido alvo dos povos mais ricos e de grande poder militar nos últimos anos.

— Só mais um pouco — a princesa cuspiu no chão, não estava nem perto de se cansar, a adrenalina percorreu seu corpo e mais uma vez se lançou contra o inimigo.

— Essa mulher ainda vai me matar — grunhiu o capitão, era muito melhor se ele estivesse na capital ao invés de ser ordenado a seguir e cuidar dessa garota.

— A brincadeira só está começando, Quon — riu o Príncipe de Yuan, seu casaco de pele já estava no chão quando ele investiu contra um corpo fraco de um assassino e o cheiro feminino o tocou.

Havia mulheres no ataque.

Shi Rong vacilou em seus passos, não esperava que houvesse mulheres empunhando espadas, com exceção da princesa que conhecia tão bem e tão pouco.

Sua hesitação em arruiná-la foi a sua destruição. A mulher tirou uma adaga oculta de suas costas e fincou no peito do príncipe que grunhiu em resposta. Sua espada foi certeira ao apunhalar a mulher em seu estômago e a empurrar até o punhal, e então retirá-la com força. Ela caiu morta.

A espada caiu de suas mãos ao tentar manter o sangramento em seu peito estável. O grito de Li Hua para ele o fez procurar por sua voz, mas seu corpo deslizou para o chão. A adaga estava envenenada.

Os sons que vieram a seguir foram a sua salvação. Cascos contra a terra seca e firme só significavam um exército marchando em sua direção.

Li Hua o viu cair e seu mundo ruiu. Ela não gritou, mas disparou em sua direção, cortando e dilacerando qualquer corpo que se colocasse em sua frente. Quon gritava, mas ela não podia escutá-lo. O maxilar apertado suportando seu ódio intenso. Ao alcançar o corpo caído do príncipe ela tateou seu corpo procurando pelo ferimento as mãos sempre lisas e macias, o ferimento era profundo. Puxando o tecido de sua roupa e cortando-o fora, ela o usou para pressionar a lesão de Shi Rong. Seus olhos encheram-se de lágrimas e ela usou todo o seu autocontrole para não derramá-las.

— Vai ficar tudo bem — disse com a voz embargada.

O grito de guerra que viera a seguir lhe deu paz, seu irmão havia chegado com a cavalaria do reino de Han, poderia ser pior, talvez ele teria encontrado o corpo dela e de seus companheiros.

— LI HUA! — Ele gritou por ela, e quando seus olhos se encontraram ele sentiu alívio por ver que o sangue que estava nela, não era dela. Ele a ensinou bem, sua irmã supera qualquer guerreiro de seu batalhão. — MATEM TODOS! — Deu as ordens e seu batalhão destroçou as forças inimigas.

Os números de guerreiros e assassinos eram equiparados. Os homens de preto haviam se preparado para aquilo, mas quem era o alvo deles? Era a princesa do Reino de Han ou o Príncipe de Yuan? Olhando o ferimento do príncipe, o alvo poderia ser ele também. Porém a princesa não acreditava naquilo, havia algo muito mais profundo.

***

Os soldados do batalhão de seu Quarto Irmão contavam os cadáveres e buscavam por seus corpos qualquer coisa que pudesse lhes dizer de onde eram e quais os possíveis planos. O príncipe suspirava alto, intrigado. Suas vestes vermelhas — cor dominante do reino — eram pressionadas pela armadura de ferro que agarrava seus ombros, braços, tórax e deslizava por suas pernas. O rapaz estava com os cabelos presos em um coque no topo de sua cabeça, sem nenhum adorno, a mão direita descansava firmemente sobre a espada embainhada em sua cintura, enquanto a outra massageava desleixadamente seu pescoço tenso.

— Você parece nervoso — murmurou ela quando ele se aproximou.

— Eu estou preocupado, Li Hua — sua voz era quase um sussurro. — Há muitas mulheres aqui. Muitas mesmo.

Ela encarou os corpos femininos que estavam sendo despidos em busca de qualquer marca que pudesse ajudá-los a reconhecer o povo que certamente não era nativo de Han.

— Eu presumo que sejam do povo do sul do continente.

Ele lhe lançou um olhar perigoso, se ela estivesse certa, estavam ferrados.

— Se… — seu irmão respirou fundo — Se eles forem do Reino de Wei ou do Reino de Shendu, isso… — apontou com o dedo — isso que aconteceu vai render uma guerra e estaremos mortos antes do ano acabar.

— Isso não vai acontecer, Guo Wei.

Ele riu sem humor.

— Não vai? Você nunca esteve nos campos de batalha, Li Hua. Será muito pior do que isso. A sua sorte é que há um Médico Real conosco, caso contrário, seu príncipe estaria tão morto quanto esse… — olhou para os corpos mais uma vez e suspirou irritado — esse povo estranho.

Ela respirou fundo e pousou uma mão sobre o ombro dele, tentando acalmá-lo.

— Você precisa confiar em mim, Guo Wei.

Guo Wei, o quarto príncipe, balançou a cabeça negando.

— Quando começar a contar as coisas e nos incluir em seus planos. O Terceiro Irmão e eu, iremos confiar em você.

Li Hua pressionou os lábios com força, queria socá-lo.

— Vamos apenas embora. Fico feliz que tenha chegado a tempo de salvar os nossos pescoços.

— Graças a sua mensagem — ele lhe lançou um sorriso divertido — Eu não sei como você consegue fazer isso.

— O quê? — Sorriu de volta.

Guo Wei riu.

— Ás vezes eu abomino ser seu irmão.

Ela o abraçou de lado.

— Eu sei.

O Quarto Príncipe a guiou em uma caminhada para fora das árvores da Floresta dos Perdidos e para longe da carnificina. Seu braço segurava firmemente e delicadamente o braço de sua irmã.

— Eu vou escoltá-la para casa.

点击屏幕以使用高级工具 提示:您可以使用左右键盘键在章节之间浏览。

You'll Also Like